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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Pegação, polícia e ladrão



Quando dei por mim, e a ficha, enfim, caiu, fui tomado por um sentimento de indignação muito forte. Sem que eu sequer desconfiasse, ele se despediu de mim, acenando com as mãos, num gesto até gentil. No rosto, um sorriso pífio escondia seu apetite voraz e tudo o que ele seria capaz de fazer para conseguir matar sua fome. Mais uma vez a revolta tomou conta de mim. Ainda assim, o prazer consumado ali, disfarçado na escuridão, continuou a ecoar na minha mente por muito, muito tempo.
Eu estava naqueles dias em que o tesão explode em cada poro do corpo. Noite quente de um abril completamente atípico. Nenhuma árvore balançava, não ventava, não refrescava. E o calor do Rio de Janeiro fritava ovos no asfalto. Enquanto isso, eu subia pelas paredes, doido para uma foda gostosa. Nesse dia eu estava meio sem critério, o que eu queria é gozar. Foi a primeira vez que eu me aventurei em um ambiente de pegação.
Peguei um ônibus e fui parar na região do Passeio Público, no centro do Rio. Dali, como se não tivesse pressa alguma, caminhei até o Aterro do Flamengo e conheci, pela primeira vez, aquele antro da luxúria carioca. Estava escuro, e as mulheres com carrinhos de bebê já não passavam mais por ali. Homens passavam por mim a todo o tempo, durante todo a caminhada que eu fiz. No percurso, quando passavam, olhavam para trás. E seguiam seu destino, se o pretendente não correspondesse. Corpos voluoptuosos se misturavam a figuras esquálidas, meio mafiosas. Ninguém conhece ninguém naquele lugar.
Quando percebi, já estava por entre as árvores, que dividiam o espaço do bosque com dezenas de corpos que caminhavam aleatoriamente no breu, entrecruzando-se, olhares atentos, os quais eram, no meio da escuridão, as únicas partes do corpo que brilhavam. Todas as outras, escondidas pela noite, pulsavam de tanta voracidade.
Comecei a observar que em determinado canto, um grupo de rapazes se avolumava, muito preocupados em arranjarem-se em círculo. Certamente ali não era nenhum vendedor de sabão de praça ou culto evangélico de rua. Era, sim, uns sete ou oito punheteiros que se deliciavam enquanto um rapazinho magrinho chupava o pau de um coroa que estava no perímetro da roda. Juntei-me ao grupo. Eles, receosos, observavam-me. Uns três disfarçaram e saíram, a procura de outros espaços. E eu, obviamente, não ia fazer a linha do contra, e coloquei meu pau pra fora, que já estava em pedra àquela altura.
Comecei a massagear meu cacete e a baba começou a emanar da cabecinha. Para facilitar, cuspi na mão e continuei a apreciar aquela cena que, pra falar a verdade, me excitava menos que os outros rapazes que se masturbavam observando o boquete do bosque. Antes que eu esperasse, um rapaz surgiu diante de mim, já se pondo em joelhos, e começou tocar uma punheta no meu pau. Tocava em mim e nele próprio, aguardando um sinal positivo que desse o aval para que ele pudesse cair de boca. E eu dei. Foi o bastante.
O cara era bonito, mas de uma beleza comum, nada de exageros. Tinha uma boca grande e os olhos bem pequenos. Uns bracinhos que faziam um certo volume como quem começou a malhar há um ou dois meses. Naquela circunstância, era o que dava pra ver, não mais que isso. O moleque começou a sugar a cabeça do meu pau, sem cerimônia. Mamava meu cacete até o talo, sem pestanejar. Era possível sentir meu pau encostar no fundo de sua boca, pelos cantos da qual escorria saliva, de tanto que o rapaz se empenhava na arte de chupar um pau. Não demorou muito para que o foco da cena mudasse para o lado oposto ao que estavam o coroa e seu ninfeto. Éramos nós, agora, a inspiração para a punheta coletiva. Enquanto o guri me mamava, eu encarava os outros rapazes, com o intuito de flertar com eles. Um tal garoto me chamou atenção. Estava com uma camiseta cavadíssima, calça jeans e mochila. Parecia ser garoto de programa. Ele tocava uma enquanto apontava seu pau com o olhar. Eu o convidei para participar da festinha e, mais que depressa, já estava ao meu lado com o peito desnudo e os mamilos salientes me convidando para passar ali a minha língua. Ele ficou do meu lado e eu, enquanto era chupado, lambia aqueles mamilos e tocava uma pra ele. Aproveitei e tirei a camisa, e foi este o momento ápice daquela sacanagem gostosa e arriscada. Imediatamente, comecei a sentir lambidas no corpo. Os demais interessados no boquete do coroa e do ninfeto, começaram a se engraçar para o nosso lado. Como não correspondêssemos totalmente, limitavam-se em nos lamber e se contentavam em experimentar de nossos corpos suados de prazer. Somente um, que eu me lembre, passou a se masturbar ao meu lado, fitando o rapaz de joelhos. Foi esse que acabou dividindo comigo as sugadas molhadas e quentes daquele vadio ajoelhado.
A putaria estava rolando solta, quando percebi que todos estavam se dispersando, quase ao mesmo tempo. Estranhei aquilo e fiquei de sobreaviso. Até o rapaz, cujos mamilos eram lambidos por mim, e que estava ao meu lado, saiu de fininho. Ficamos só eu, meu pau, e o guri ajoelhado com a boca nele. Estava explicada a dispersão.

- Coloca a roupa aí, irmão. Agora!
- Calma aí, a gente já ta indo, não precisa...
- Calma aí, o caralho, parceiro! Ta indo pra onde?
- A gente ta indo embora! – falei.
- Porra nenhuma, vocês estão aí na putaria, se comendo. Isso aqui não é lugar pra putaria, não, porra.
- Tudo bem, a gente não faz mais, foi mal. Não vai mais acontecer. – disse o garoto que me chupava.
- Quem disse que não vai? Ta escrito “idiota” aqui na testa, cidadão? Termina de vestir essa roupa e me acompanhe.
- Que que você vai fazer com a gente? – desesperou-se o garoto – por favor, não machuca a gente, por favor!
- É muito veadinho, puta que o pariu. Precisa chorar não, irmão. Sem frescura, tu não é homem não? Ta errado, parceiro. Aqui é lugar pra isso? Fala pra mim, aqui é lugar pra isso?
- Não, não... mas a gente não é ladrão, moço. Por favor! Por favor! A gente não é ladrão! – implorou o moleque.
- Já pra viatura, porra. Atentado ao pudor! Já ouviu falar? Tenho nada contra vocês, não, irmão. Mas fuder em público, aí é foda, né?
- Tudo bem, leva a gente pra delegacia, então. – falei – e a gente resolve essa parada.
- Ta nervoso, parceiro? Fica calminho aí. Pra viatura!

Caminhamos uns trezentos metros e chegamos à viatura do policial militar que nos abordou. O carro estava completamente apagado, como se quisesse se manter escondido, à espreita, sem querer alarmar os corpos que passeavam na escuridão. Dentro dele havia um outro PM, que saiu assim que chegamos.

- Hoje ta foda, hein? – disse o outro PM, que estava dentro do carro. – essas porras não tem outro lugar pra fuder, não!
- Ta complicado, Fulano. Mas deixa que desses aqui eu dou conta. Vai lá, você, faz uma ronda lá pelo outro lado. A punheta ta comendo por ali, e tem uns pivetes do outro lado metidos a espertinhos.

E o policial Fulano de Tal saiu pra fazer sua ronda, conforme ordenara seu parceiro. Ficara o policial que nos abordou. Seu nome era Frias.

- Tem quanto anos, parceiro?
- Vinte e quatro – disse.

E ele, não contendo a ironia, riu-se, e perguntou ao outro, que respondeu:

- Vinte.

E nos pediu os nossos documentos. Entreguei-lhe a carteira, que foi vasculhada até o último compartimento. O tal do Frias olhou os cartões de crédito, o dinheiro, o bilhete eletrônico, recadinhos de papel, notas fiscais, tudo! Perguntou se eu usava drogas, se estava armado, se escondia flagrantes, enfim. Fez o protocolo. O mesmo se deu durante a sabatina que ele fez com o Victor, que é como se chamava o rapaz que me chupava. Em seguida, mandou que o Victor entrasse na viatura, no banco de trás. Eu, ainda do lado de fora, fui orientado a sentar no banco da frente, do carona. Isso me pareceu incomum, porém, ainda mais incomum foi o fato de o policial entrar no carro e não dar partida. Continuou a fazer uma série de perguntas, que tornavam-se mais constrangedoras.

- Quer dizer que tu gosta de comer um cu, né?
- Gosto.
- Porra, cara. Aqui não é lugar pra isso! Agora sou obrigado a te fichar. É foda, né?
- Se o senhor deixasse a gente ir, não ia mais acontecer.
- Como assim, ir? Ta sugerindo o que?
- Eu não to sugerindo nada. É só isso.
- Sei... E você, Sr. Victor, tava gostando de chupar o rapazinho aqui?
- É necessário responder isso? – disse Victor.
- É necessário.
- Sim.
- Porra, cara. To fazendo isso com a maior dó no coração – disse ele em ironia – gostei de você. Parece ser um cara bacana, trabalhador e tal.
- Pois é.
- Vamos resolver essa parada e ta tudo certo.
- Como assim?
- Quietinho, irmão. Você quer ir preso?
- Não.
- Então é o seguinte. Caladinho, pianinho, sem fazer escândalo, tu vai chupar meu pau.
- Quê?
- É isso aí, irmão. Vai mamar meu cacete bonitinho. Você não quer ser liberado? Então, quero entender os motivos de vocês viverem aqui no Aterro. Quero ver se é bom mesmo como parece. Se for bom mesmo, libero vocês. Sou um cara compreensivo, sacou?

Eu não podia acreditar no que estava acontecendo. Chupar o PM seria meu alvará de soltura? É isso mesmo? Um certo alvoroço me embrulhou o estômago, me deu uma sensação ruim, de impunidade, de coerção, de revolta. Mas ao mesmo tempo, não seria nenhum sacrifício chupar aquele cara dentro do carro. Eu só não esperava que isso pudesse acontecer. O conflito entre minha revolta e meu prazer acabou quando eu vi o mastro do PM: uma pica roliça, grossa e reta, de fazer inveja a qualquer cineasta da pornografia.

- Pra você, irmãozinho. Cai de boca. Hahaha... – e riu, como se estivesse por cima da situação, isento de julgamentos.

O Frias era um policial típico do Rio de Janeiro. Devia ter uns trinta e três anos. Não gozava mais do corpo escultural dos soldadinhos de chumbo, mas também não era uma carranca destruída. Era um corpo gostoso. Braços fortes, incrivelmente fortes. Não eram musculosos, não, mas possuíam uma massa rígida, atraente, que criavam uma silhueta muito tentadora quando o tecido da farda apertava-lhe a pele. Sua barriga era um tanto saliente, mas não deixava de ser sexy. Era moreno, tinha a pele acobreada, como se estivesse bronzeado. Tinha uma pele bonita, muito bonita. De cabeça raspada, os cabelos crespos já davam sinais tímidos de existência. A sua voz era um tanto nasalizada. E era ela quem ordenava para que eu começasse a pagar pela minha soltura.

- Ta esperando o quê, cara? Cai de boca nessa rola, vai.

E o prazer venceu a angústia. Cedi à tentação e comecei a mamar aquele policial dentro do carro. Seu pau mal podia caber dentro da boca, mas ele insistia pra que eu deixasse bem molhadinho.

- Deixa a saliva escorrer, deixa! Mama deixando a saliva escorrer. Molha meu pau, cara, isso aí! Deixa molhadinho, que vai entrar fácil! Olha pra mim agora, irmão.

E eu olhei.

- Chupa meu saco agora! Cai de boca no meu saco.

O saco do Frias era uma bolsa gigante cheia de pêlos. Muito grande mesmo. Estava suado e emanava um cheiro bem característico.

- Tem frescura aqui não, irmão. Mete a língua e pronto. – dizia enquanto eu olhava pra ele – ta gostando?

E eu balancei a cabeça, fazendo que sim.

- Eu perguntei se ta gostando, porra! Quero ouvir, fala com o saco na boca.
- Sim, to gostando muito. – tentei dizer, com as sílabas um tanto vacilantes devido ao fato de estar com a boca cheia.
- Isso aí, garoto. Chupa o saco do teu macho, desse jeito que eu gosto. Quer piru? Responde com a boca!
- Quero.
- Vou te dar piru. – e meteu a pica na minha garganta. – Que safado! Diz pra mim o que você é.
- Safado.
- Uma putinha safada?
- Sim, uma putinha.
- Mais o quê?
- Uma vadia.
- Uma vadia que gosta do quê?
- De rola.
- Ah... isso aí...  Então pede rola.
- Me dá essa rola gostosa.
- Dou tudinho, mama aí.
- Soca, soca! Uhmmm... ah...
- Geme, vadia! Geme gostoso...
- Ah... oh...
- Cospe no pau, cospe... agora lambe, lambe tudo, deixa ele limpinho... Delícia!
- Quer no saco também? – ousei.
- Quero, vadia, cospe no meu saco!
- Uhnn... – e babei aquelas bolas volumosas e peludas, lambendo em seguida a saliva que escorria pelas virilhas suadas do PM.
- Safado do caralho! Puta que pariu, que gostoso, filho da puta!
- Ah... saco de macho! Tesão... eu tava precisando disso...
- Então fica lambendo o saco que ta muito bom! Profissional você, moleque.
- Valeu... que isso!
- Agora cai de boca no pau! Deixa ele bem molhadinho que eu vou comer teu amiguinho.

Quando o policial disse isso, o Victor abriu a porta do carro, de súbito, e saiu correndo Aterro afora. Fugiu sem pensar duas vezes. Ele foi esperto, porque com a calça arriada ficaria difícil para o policial correr atrás dele. O problema é que ele, mal ou bem, era minha testemunha. E a merda era que agora eu estava sozinho ali. Frias e eu.

- Viado! Filho da puta! Cagão do caralho!
- Fudeu! – pensei.
- Deixa esse viado pra lá! De galinha de casa não se corre atrás. Agora você vai ter que dar conta, irmão. Vai ter que liberar a rosquinha.

Frias mandou que eu tirasse a roupa e saiu de dentro do carro. Abriu a porta do carona e se pôs diante de mim, em pé, do lado de fora. De pau pra fora, colocou uma camisinha e disse, rindo-se em ironia:

- É, irmão, perdeu.  Esse cuzinho agora é meu.

E este foi o início de uma das fodas mais quentes e arriscadas de toda a minha vida. Você acha que acabou? Ledo engano, muitas águas ainda rolariam. E é claro, que eu não vou deixar de contar isso a vocês. A continuação deste conto já está disponível. Leiam a história completa e gozem bastante, porque com esse PM safado eu me fartei de leite.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Pizza Calabresa

Conto inédito, "Pizza Calabresa" inaugura uma nova série do escritor safado Peter Cummer: "Sabores Picantes". Espero que provem e gozem. Digo, gostem.


 Semana passada o Alan viajou pra visitar a família no Espírito Santo e decidiu aproveitar as duas semanas de férias que lhe restaram por lá. Infelizmente, devido às aulas, não pude acompanhá-lo. Desde então ficamos sós em casa, eu e minha incontida vontade de foder. Tesão aflorado e maridão viajando, o jeito foi me acabar na punheta durante essa quinzena interminável. Controlei meus instintos poligâmicos até onde pude, mas o destino de quem gosta de gozar a vida acabou me deixando em uma sinuca de bico.
Era sexta-feira e eu estava com uma puta fome, assim como uma preguiça descomunal que me impedia de ter que levantar – depois de uma semana fatídica de aulas, contas, fórmulas e números infindos – para preparar algo pra comer. Optei por uma pizza. Não, não estava a fim de sair de casa, recusei vários convites para boate e, por suposto, não fui a uma pizzaria. Além disso, estava chovendo. Não chegava a ser uma tempestade mas tornava a noite um pouco mais insossa.

- Que sabores vocês tem? – perguntei à atendente da pizzaria, por telefone – Não, não. Não tem algo normal, simples?... Ta, tudo bem, traz uma de calabresa... Não, não, toda de calabresa... Tudo bem, pode ser, guaraná. Tem light?... Como assim em uma hora? Até lá já morri de fome!

Fiquei puto com a demora do serviço mas não declinei do pedido e mantive a solicitação. Uma hora era tempo demais, mas enfim. Resolvi tapear a fome matando a outra fome – a de sexo. Corri pra internet e resolvi abrir uns vídeos para bater uma, gozar e relaxar. Abri umas quatro abas de vídeos no Mundo Mais, tirei a roupa e comecei a me masturbar. Pau duro, melado, lubrificava os movimentos que se intensificavam a cada gemido dos atores em cena. Com a mão embebida no mel que emanava da minha pica, acariciava meu próprio rosto, umidificando-o e deixando-o com um aroma muito particular. Aos poucos, toda a sala foi tomada por aquele cheiro de pau, de sexo, de homem. E quanto mais o clima se intensificava, mais meu pau babava e, como já não tinha mais o que fazer com tanta baba, decidi lamber cada gota do líquido transparente e tentador. Assistia aos vídeos, tocava no pau, ouvia os gemidos dos atores, cheirava o ambiente e lambia minha própria baba. Todos os sentidos eram exercitados naquela noite de sexta-feira, enquanto esperava pela pizza. Estava prestes a gozar, mas a campainha tocou e impediu de concluir meu sexo solitário. Mas, dos males o menor: os vídeos poderiam esperar; a fome, não. Vesti uma toalha rápida e abri a porta.

- A pizza, senhor! – disse o entregador.

E que entregador! O cara devia ter uns vinte e três anos, no máximo. Vestia um uniforme vermelho, um boné da mesma cor e uma calça de tecido. Ele poderia estar de calça jeans, grossa, pesada, mas ele resolveu aparecer na minha casa com aquela calça de tecido, que marca o corpo a qualquer movimento que se faça com ele. Pronto! Pelo menos em pensamento meu controle sobre os instintos poligâmicos já tinham ido para a puta que o pariu!

- Está certinho, senhor? – disse Rafael, o entregador, com aquele crachá que sambava em seu peito, sem ter como se equilibrar por cima da blusa marcada pelo volume ondulado de seu tórax. E entregou-me o troco.
- Não, não! Eu pedi calabresa, cara. Isso aqui é tomate com rúcula, pelo amor de Deus. O pedido ta errado! Leva essa horta de volta. – disse, puto com a situação, com a fome, com tudo.
- Caraca! Foi mal aí, parceiro. Na pressa devo ter trazido a caixa errada. Só um minuto, vou trocar, deve estar na moto a sua pizza. E saiu.

Compreensível, de fato, a pressa do rapaz. Chegou antes do previsto, antes do prazo de uma hora mencionado pela atendente. E acabou interrompendo minha punheta. Fui tomar uma água enquanto o rapaz trocava a pizza. Enquanto estava na cozinha, bebendo uma água, o rapaz chamou. A porta estava aberta, mas precisei pedir-lhe que entrasse. Bebi a água e fui pra sala. Ao chegar, me deparei com o garoto com a pizza de calabresa na mão e um certo constrangimento na outra, porque o surpreendi bastante interessado no monitor do computador. Acabei me dispersando com aquilo tudo e esqueci a tela com o vídeo ligada, com o Antonio Biaggi comendo o Ryan. Quando digo que o encontrei com um certo constrangimento na outra mão, refiro-me à tentativa de esconder o volume que aparecia por baixo daquele pedaço de pano que ele chamava de calça.

- Gostou? – tive que perguntar.
- É, maneiro, não é minha praia, não. Mas não tenho preconceito, não.
- Sei... – aquela velha história do “não tenho preconceito, não” – e agora, veio a calabresa?
- Veio, veio.
- Eu adoro calabresa, cara. Minha preferida!
- Ah, o senhor gosta de calabresa?
- Gosto. Gosto muito!
- Maneiro. O podia me dar um copo d’água?
- Claro, cara. Fui até a cozinha e, no percurso, olhei pra trás e percebi que o rapaz tornou a olhar pro vídeo e, depois, pra mim, fitando-me e ficando sem-graça quando eu percebi.

Trouxe-lhe a água.

- Trabalhando desde cedo, rapaz?
- É... mas graças a Deus esse foi minha última viagem.
- Também pudera, né? Já que é a última viagem, aproveita e senta um pouco. Relaxa um pouco. – e sorri pelo canto da boca.

Rafael sentou no sofá de frente pra mim, pernas abertas, cotovelos apoiados nos joelhos. Seu rosto, projetado para frente, sugeria um forte interesse na conversa. Assim como no monitor do computador.

- Seu vídeo acabou! – ele alertou.
- Nossa! Você é observador, hein? Gostou mesmo do vídeo, né?
- Que isso cara, nada a ver. – disse, rindo pra si mesmo – Nada a ver.
- Sei...
- Mas você nem parece que... que... que é, e tal.
- Que sou o quê?
- Ah, essa parada aí... que curte e tal... que é... você sabe.
- Eu não sei de nada.
- Eu tenho um primo que é...
- Que é...?
- Que é, que é, pô! Ta a fim de me deixar sem graça? – disse, tímido, o entregador – Mas meu primo parece mais, sabe qual é? Tem um jeito... mas nem ligo, a família dele implica, mas eu não. Quando a gente era mais novo até rolou uma parada e tal.
- Que “parada”? – perguntei, bastante curioso.
- A gente fazia umas brincadeiras, mas era coisa de criança, adolescente.
- Tipo meinha?
- É, troca-troca. Um pegar no outro. Ele me chupava às vezes, também.
- E você gostava?
- Gostava.

O diálogo com o Rafael foi ficando cada vez mais sexual. As frases eram permeadas de duplos sentidos e segundas intenções.

- E essa chuva que não para, né cara?
- Pois é, olha como eu estou.
- Cara, não tem capa de chuva, não? Dirigir de moto, nessa chuva, sem capa?
- Ah, nem ligo.
- Você gosta de uma chuvinha nas costas, né? – provoquei.
- Quem sabe! – e gargalhou. – E você, gosta?
- Eu? Porra, eu adoro.
- Ah, é?
- Lógico! Se tiver uma calabresa depois da chuva, então!
- Você gosta de calabresa, ne?
- Gosto!
- Será que você vai gostar da minha calabresa... da minha pizza calabresa? – disse ele, como se consertasse a frase.
- Não sei, ainda não vi... quer dizer, comi – falei, consertando a frase, como ele fizera.
- Então coloca na boca, ué! – disse isso, abriu a caixa e pegou um pedaço da calabresa, e me deu na boca.

Aproveitei a oportunidade e fiz com que meus lábios e língua tocassem seu dedo, enquanto tentava morder a lingüiça.

- Isso que é fome!
- Você não viu nada, garoto.
- Ainda não.
- Vem cá, você não tem medo de pegar uma pneumonia, um resfriado? Essa blusa toda molhada, rapaz. Tira isso, eu coloco pra secar.

Rafael tirou a camisa e me entregou. Não pude deixar de tirar o olho daquele corpo escultural. Tórax e abdome peludinhos, mas um pelo macio, fino, sem exageros. Tinha um peito bem desenhado. Não era tão grande quanto aparentava ainda vestido, mas extremamente atraente. Sua barriga, sim. Além de não ter resquício de gordura, era definida. O tipo tanquinho. Levei sua camisa pra área de serviço e quando voltei, encontrei aquele homem derramado no sofá, braços abertos e estendidos por sobre as costas do sofá, pernas abertas, cabeça pra trás, e um pau pulsante que sobressaía pó baixo daquela calça de tecido, desta vez, sem pudor ou timidez. Parei diante daquele deus grego e admirei a sua seminudez. Ali tive a certeza de que Deus existe e de que tudo o que Ele criou é perfeito! Deliciosamente perfeito. Rafael abriu os olhos, mantendo a posição do corpo, e teve a iniciativa.

- Não que eu tenha pressa, mas será que você vai demorar muito pra provar a minha calabresa? – disse ele, pegando no pau.
- Imagina! É só me servir.

O entregador baixou a calça e colocou o pau pra fora. Imediatamente eu abocanhei aquela rola. Que pau era aquele, caralho! O garoto devia ter uns vinte centímetros de pica, reta, cabeça rosada. Os pelos, um tanto aloirados. Um certo marrom escuro que vez por outra parecia se tornar mais claro. Sim, ele era avantajado tanto no tamanho do pau quanto na quantidade de pêlos. Não fazia o tipo que se depilava, mas também não era um Tony Ramos. Seu corpo era repleto de fios, desde os calcanhares – como perceberia logo depois – até o rosto. Sua barba, aliás, tinha um quê de safada. Era relativamente farta, escura, mas tinha umas falhas, de quem não se preocupa muito em apará-la. Era aquela barba que não é composta por bigodes. Em seu lugar, uns pêlos pareciam querer crescer por sobre os lábios. Mas não tinha bigodes. Apenas aquele rosto afilado e alvo, cercado de pêlo pelos lados. A sobrancelha grossa, escura, e os cabelos lisos, escorrendo alguns fios pela face, presos pelo boné vermelho.

- Chupa minha lingüiça, gostoso. Isso, chupa. Chupa bem molhadinho... Caralho, que vontade de ser chupado! Caralho, muito bom, profissional! Que chupada!

E eu me divertia com o moleque branquinho e sarado sentado no meu sofá, de rola dura, pulsando na boca. Ele também se divertia, gemendo e rindo, com ar de safado.
Não demorou para que ele parasse de rir e encarnasse um personagem um pouco mais austero, mais viril, menos adolescente. Ficou de pé e terminou de tirar a calça. Apenas a calça, não tinha cueca. Daí a explicação para aquele volume marcando por baixo do tecido. Rafael mandou que eu fosse pro sofá. Sentei onde ele estava e fiquei de frente para ele, na direção de sua piroca.

- Abre a boca!

Abri o máximo que pude, e ele investiu nela. Começou a meter tanto que uma hora fiz que iria vomitar.

- Agüenta, porra! Não gosta de lingüiça? Então toma lingüiça!

E me batia na cara com aquele pedaço de carne roliço! Rafael parecia muito disposto a me dar uma surra de piroca.

- Abre a boca, porra! Sem morder, tira o dente!... abre-a-porra-da-boca!

E eu obedecia, abrindo o máximo que eu conseguia. Enquanto isso, a cabeça de seu pau dava estocadas nas paredes internas da minha boca, e quando batia na minha garganta eu regurgitava. E ele insistia.

- Isso! Baba, viadinho. Baba meu pau, vai. Safada... putinha safada!
- Xinga, moleque. Pode me xingar. Xinga e mete esse pau gostoso na minha boca. Delícia...
- Ajoelha!
- Quê?
- Ajoelha, porra!

E de súbito, tirou seu pau da boca e me tirou do sofá. Colocou-me de joelhos diante de si e pediu pra que eu implorasse por seu pau.

- Pede pica!
- Me dá pica, vai?
- Assim, não! Implora, quero te ver implorar pelo meu pau.
- Me dá sua pica, cara! Por favor, me escorraça com essa piroca gostosa!
- Isso... pede mais.
- Deixa eu mamar você, deixa eu te chupar gostoso, eu quero essa rola em mim...
- Não, não vou dar.
- Por favor, cara, deixa eu chupar teu pau.
- Então lambe meu saco. Se você lamber meu saco eu te dou a cabecinha.

E lambi seu saco cheio de pêlos. Às vezes eu tinha que tirar um ou outro que teimava em permanecer na língua.

- Ta tirando o quê, viadinho?
- Teu pêlo e...
- Engole!
- Engole, porra! Se tirar vai levar uma surra.

E eu engoli seu pentelho, fazendo o jogo do rapaz.

- Parou de chupar por quê?
- Boca doendo.
- Se parar sem eu mandar vai levar uma surra.

E eu continuava. Até que resolvi desobedece-lo quando ele perguntou por que eu estava me masturbando. Ele me ameaçou com uma surra, e eu decidi pagar pra ver.

- Você é abusado, viadinho! Agora você vai levar uma surra.

Rafael me agarrou pela cabeça e começou a forçá-la contra seu pau. Eu não conseguia controlar. Xingava e me dava tapas na cara enquanto eu, de boca aberta, recebia as estocadas profundas de sua rola dura. Se, sem querer, meu dente esbarrava, ele se emputecia. E me cuspia a cara.

- Quer morder? Abusado! É isso que você merece! – e cuspia – Mama meu pau direito, caralho!

Se eu tocasse no pau, o procedimento era similar. Era um tapa que recebia na cara. Aquela surra me matava de prazer. Aquele macho barbudo, branquinho, estava me humilhando, mas de uma maneira incrivelmente doce. Paradoxalmente delicado. Porque ele não gritava. Ele falava com autoridade, baixinho, não era aos berros. De certa maneira, ele usava as palavras pra esconder um ar de timidez que lhe não saía da face. E isso era muito excitante! Muito! Era um moleque, ali, com um corpo delicioso, fodendo a boca de um homem mais experiente que ele. Sim, ele tinha muitos motivos pra se sentir o macho-alfa da situação. E eu adorava isso. Adorava a surra. Por isso, mordia de propósito seu pau. Tocava punheta de propósito. Até que ele sacou minha intenção.

- Ta de sacanagem comigo, não é, viadinho? Você quer mais, não é?
- Quero!
- Então fala o que você quer.
- Quero teu leite.
- A surra de pica não é suficiente pra você não, não é?
- Não, eu quero mais.
- Safado... pede leite, pede.
- Me dá seu leite quente, moleque. Jorra essa porra gostosa em mim.
- Vou te dar uma surra de porra, toma! Toma! Ah... – e gozou – Ah... – e jorrava seus jatos de esperma na minha cara, gemendo, xingando, urrando.

Enquanto levava porra na cara, acabei batendo uma e, não ficando por menos, coloquei pra fora um sem número de jatos quentes de porra. Caímos exaustos no sofá. Rafael se limpou com a toalha que eu usava e disse que tinha que ir embora. Ofereci-lhe um pedaço de pizza mas ele recusou. Trocamos telefones. Em seguida, vestiu seu uniforme e nos despedimos com um beijo, na porta de casa.

- Gostou da minha calabresa?
- Gostei muito. E quero mais!
- Da próxima vez, eu fico pra comer a pizza.
- Fechado.
- Mas eu quero pizza de lombinho. Será que tem pra mim?
- É você que sabe, você é o entregador.
- Beleza, então. Semana que vem eu trago a pizza de lombinho, e aí a gente faz a festa.

E você, leitor, que sabor de pizza tem pra me oferecer? Escreve pra mim e a gente conversa. Estou morrendo de fome!

O filho do pastor


Este é o primeiro conto da série “Segredo Sagrado”, por Peter Cummer. Os temas giram em torno de tabus religiosos e pessoas que vivem divididas entre o prazer da carne e a moral da Igreja.
 

Eu tinha 16 anos quando meus pais se separaram. Eu me encontrava completamente perdido em meio a essas relações familiares em crise, motivo pelo qual comecei a buscar na espiritualidade uma solução equilibrada para minha adolescência conturbada.
Perto da minha casa havia uma igreja evangélica pentecostal, cuja denominação é uma das mais famosas do Brasil, provavelmente a maior. Rapidamente me envolvi com as atividades nos cultos e aos poucos minha mãe e eu tornamo-nos frequentadores assíduos das reuniões dominicais, estudos bíblicos e eventos. Ela, muito debilitada em função da separação, recebia semanalmente as visitas pastorais ou dos demais clérigos que se reuniam habitualmente nos lares daqueles mais necessitados. Foi assim que ela se tornou amiga da esposa do pastor e este, por sua vez, junto com a mulher, passaram a frequentar minha casa. O casal possuía dois filhos, Elias e Jônatas, sendo este último bastante moço, e o primeiro, dois anos mais velho do que eu. Todos os domingos eu o via tocando bateria durante os cultos e também muito envolvido com os acordes musicais das reuniões. Depois de alguns meses, passei a admirar o trabalho do Elias e assim começamos uma amizade bastante saudável. Com frequência eu recebia aulas amadoras de bateria e de teclado, muito embora nunca houvesse me interessado por música antes.
Com algumas semanas já havíamos nos tornado grandes amigos, Elias e eu – adolescentes tornam-se grandes amigos em questão de dias! – e ele passou a frequentar minha casa, mesmo quando seus pais não visitavam minha mãe nas reuniões semanais. Foi num domingo de manhã, depois da escola dominical, que decidimos estudar teclado na minha casa. Ele levou o instrumento da igreja e começamos a treinar após o almoço servido por minha mãe. Logo depois da refeição, minha mãe precisou sair para visitar irmãs da igreja, e aí ficamos sozinhos, Elias e eu, dentro de casa. Perguntei ao meu amigo se ele não queria tomar um banho, ficar mais à vontade, colocar uma bermuda, enfim, e ele aceitou a ideia do banho. Contudo, declinou da ideia da bermuda porque, segundo ele, não estava acostumado a trajar roupas “do mundo”. Eu o emprestei uma camisa mais fresca e resolvi tomar o meu banho. Não havia toalha no banheiro e fui obrigado a gritar Elias para que ele me desse a toalha que eu o havia emprestado. Imaginei que ele fosse esperar que eu acabasse de tomar banho para me dar a toalha, mas quando dei por mim, Elias já estava dentro do banheiro com a toalha nas mãos. Quando saí de baixo do chuveiro e abri os olhos, estava ele lá, com um sorriso no rosto e a toalha estendida para me entregar. Eu tomei um susto, e por um segundo esqueci que estava completamente nu. Como num piscar de olhos, ao reconhecer a nudez, tentei cobrir meu pau com as mãos, em vão. Eu, bastante constrangido, agradeci pela toalha, e ele, muito confortável, retribuiu o agradecimento com um “de nada” e deixou o banheiro.
Na sala começamos a dedilhar alguns acordes no teclado. Era um dia muito quente e o ventilador não estava dando vazão. Mal saí do banho, comecei a suar. De maneira semelhante, Elias, que me surpreendeu ao tirar a blusa e ficar desnudo de peito. Quando vi aquele corpo jovial, não tive como disfarçar a atração e acabei desviando o olhar para não dar na telha. Elias era magro, mas com um tórax definido e sem gordura nenhuma. Abaixo do umbigo, seu corpo desenhava duas linhas a partir dos quadris, como se estivessem apontando para sua genitália. Essa marca em “V” em homens sarados sempre me chamou atenção, e ele possuía essa característica. Nunca podia imaginar que por baixo daquela roupa social mal acabada escondia-se um corpo tão bem desenhado. Jovem ainda, sem muitos músculos, mas incrivelmente atraente. Sem blusa, pude ver que entre seu umbigo e a calça larga demais que ele vestia – a ponto de descer quase até a púbis – traçava-se um espesso caminho feito de pêlos, como que direcionando o olhar do umbigo para dentro das calças. Elias parecia não se depilar. Obviamente não se depilava, se as próprias mulheres evitavam essas práticas consideradas como “vaidade”, haveria um homem de ousar raspar os pêlos do corpo? Foi bastante difícil prestar atenção aos acordes depois que aquele garoto, de bigodinho ralo e pentelhos aparentes, despiu-se parcialmente diante dos meus olhos.
Apesar de eu achar bastante esquisito o fato de ele se recusar a usar bermudas, mas tomar a atitude de ficar parcialmente desnudo, preferi não perguntar. Sobretudo depois de ele ter se mostrado cansado de dedilhar acordes e ter deitado no tapete da sala. Preferi admirar a cena que se revelava sob aquela tarde.

– Cansou, irmão? Perguntei a ele, usando-me do pronome inerente à comunicação entre evangélicos.
– É, irmão, o almoço da sua mãe deu uma canseira... Vamos descansar um pouquinho e a gente recomeça depois das três.
– Tudo bem, quer que eu pegue um travesseiro?
– Não precisa, pô. O tapete mesmo resolve.
– Então deixa eu tirar um cochilo aqui no sofá também. Daqui a pouco a gente retoma.

Passados alguns instantes, Elias interrompeu o silêncio:

– O que você achou da escola dominical hoje?
– Uma bênção. O diácono Joel é um homem muito usado por Deus! – respondi.
– O mundo tá perdido mesmo, irmão. Pecado sobre pecado. Muita gente tá precisando da Palavra.
– Verdade.
– Você vê só. Viu o que o diabo tá fazendo com a humanidade? Essa prostituição, esse homossexualismo, onde é que isso vai parar? – interrogou Elias.
– É o Juízo Final chegando, irmão.
– Homem com homem, mulher com mulher...
– Que nojo! – completei, pra não discordar do filho do pastor.
– Uma abominação aos olhos de Deus! A Bíblia diz...
– Será falta de vergonha? – Interrompi.
– Acho que é demônio, irmão. Só muita oração pra tirar o espírito do homossexualismo.
– E força de vontade, irmão. A carne é fraca, mas o espírito é forte.
– Uma coisa é certa: não deve ser moleza resistir à tentação. – Retrucou Elias.
– É, deve ser muito difícil mesmo, irmão.
– Deus ama o pecador, mas abomina o pecado!
– Glória a Deus!
– Amém.

A partir daquele instante, Elias começou a engatar versículo após versículo. De Levítico a Coríntios, todos eles versos supostamente condenatórios da homossexualidade. Eu, enquanto neófito e pouco instruído, limitava-me a concordar ou a exclamar alguma frase de aprovação ou de louvor a Deus! Comecei a perceber a insistência dele neste assunto, mas a princípio estava muito mais preocupado em admirar o corpo do meu amigo semi-desnudo em segredo do que contestá-lo. Mesmo porque no fundo eu concordava com ele. De fato a aula da Escola Dominical discorreu sobre os pecados carnais, dentre os quais a homossexualidade - ou “homossexualismo”, como preferiam dizer - era o mais notório. Notório também era o incômodo desse assunto para Elias, que insistentemente reproduzia o discurso do diácono Joel. Comecei a achar aquilo um pouco estranho. Após uma bateria de versículos, Elias silenciou e, logo em seguida, tornou a dialogar.

– Você acha que os homossexuais vão pro inferno?
– Na Bíblia diz assim, não diz?
– Dizer, diz, mas... cara, deve ser muito ruim arder no inferno eternamente. Será que esses caras não pensam nisso quando escolhem essa vida?
– Eu não sei, Elias.
– Você acredita que Deus pode perdoar esse pecado, cara?
– Por que você está me perguntando isso?
– Porque... deixa pra lá.
– Fala.
– Porque... vamos supor... um cara que gosta de mulher, de repente comete um ato homossexual... se ele se arrepender, será que Deus perdoa?
– Acho que perdoa, irmão. Se for de verdade, perdoa.
– Hum... eu também acho.
–Agora me conta – intervim – por que a pergunta?
– Por isso...

Elias levantou-se do tapete e me deu um beijo na boca.

– Sai fora, cara!
– Por favor, deixa, depois a gente se arrepende.
– Não, cara, não é certo! – tentei evitar, com medo do inferno.
– Você não disse que se a gente se arrepender, Deus perdoa? Caramba, quero muito te beijar, deixa... ninguém vai ver, é só agora.
– Só agora? – perguntei.
– Só agora.

Começamos a nos beijar ali no sofá. Eu nunca havia beijado um garoto antes, embora eu me sentisse atraído por homens. Sempre pensei que meus desejos pudessem eventualmente mudar, que fossem passageiros, que fosse apenas uma fase adolescente. Elias, por sua vez, encontrava-se notoriamente em conflito interior. E tudo levava a crer que desde o banheiro sua intenção era me dar um beijo. Mas agora, o beijo era apenas o início...
Deitado no sofá, eu recebia os beijos de Elias, que de joelhos beijava meus lábios enquanto uma de suas mãos apertava o volume de minha bermuda. Com a outra mão, masturbava-se de maneira insaciável! Fiquei sentado e Elias deitou-se sobre mim, beijando-me o pescoço e lambendo-me os mamilos. Pedi para que ele tirasse minha bermuda e ele o fez. Começou a bater uma punheta na minha vara, e eu, virgem, enlouquecia com a possibilidade de receber uma chupada. Não tive como resistir!

– Chupa aí, vai. – Pedi ao Elias.
– Você deixa?
– Com certeza, mama meu pau!

Elias caiu de boca no meu cacete. Sua boca deslizava sobre a cabeça da pica como se fosse algo muito, muito, muito desejado. Às vezes seu dente arranhava, mas eu o advertia e ele tornava a cair de boca, lambendo, como se quisesse aliviar-me a dor da mordida que me dera sem querer. Eu o segurava pela cabeça enquanto sua boca se abria involuntariamente para que meu pau a penetrasse. Quando já estava a ponto de gozar, avisei que o faria dentro de sua boca, e ele resistiu!

– Não! Agora é a sua vez!
– Nunca fiz isso, cara.
– Com o tempo você se acostuma, você vai gostar! – respondeu ele, bastante experiente, para filho de pastor evangélico, na arte do boquete.

Elias ficou de pé na minha frente, apresentando diante de mim aquele mastro enorme! Aquilo devia ter, por baixo, uns 18 ou 19 centímetros. O garoto tinha um saco absurdo! Parecia que acumulava porra há séculos! Em volta do pau, os pentelhos lhe desenhavam, à altura da púbis, uma cabeleira negra, ainda molhada pela água do chuveiro. Os traços de masculinidade dele me excitavam cada vez mais. Embora hoje eu deteste pêlos, naquela época a existência deles me fazia lembrar de algo que eu viria a descobrir ser meu objeto de desejo: homem. Por isso caí de boca no pau do Elias, desvirginando minha boca, aprendendo a chupar um homem. Neste caso, um garoto de dezoito anos.

– Ai... chupa! Isso, chupa, vai... ai, que delícia de boca!

E eu, como não tinha o que falar, de boca ocupada, limitava-me a gemer enquanto engolia seu cacete.

– Que gostoso! Meu Deus, que delícia... mama tudinho, cara! Me faz feliz, só hoje... engole esse pau até o saco!

Depois de lamber as virilhas do Elias e levá-lo à loucura, caí de boca em seu peito, que há horas eu estava desejando. Ele deitou-se no tapete e eu sentei em cima de seu pau. Estávamos completamente nus. A posição me favorecia para chupar seu peito. As lambidas começaram no mamilo esquerdo, mas acabaram em suas axilas... Lambi cada centímetro de suas axilas, que cheiravam a homem, cujos pêlos tornaram-se ainda mais molhados com a saliva que emanava de minha boca. Elias estava extremamente excitado. Eu podia sentir seu pau latejar na minha bunda. Tomei a iniciativa de perguntar-lhe se era para pararmos por ali ou continuar. Ele pediu pra continuar e eu, logicamente, aceitei. Nunca havia transado com ninguém antes, mas, como se diz em adágio popular, “a ocasião faz o ladrão”. E eu estava pronto a ladrar!
Molhei meu rabo com cuspe e procedi da mesma forma ao longo do pau do Elias. Aos pouquinhos comecei a enfiar a cabeça na portinha do cu. Doeu muito, muito. Ele me pedia calma, e eu cheguei a pensar em desistir. Mas o tesão falava mais forte, e eu decidi tentar relaxar com a cabeça dele dentro de mim, latejando. Quando a musculatura relaxou, enfiei mais um pouquinho, e a partir dali para entrar o resto foi uma questão de segundos. Após uns dois minutos não havia nem lembrança da dor. Sentia os pentelhos do Elias roçando minha bunda quando ele estocava seu pau até o talo dentro do meu cu. Nós dois éramos muito inexperientes, mas Elias tinha mais experiência que eu. Depois descobri que ele comia outros moleques da igreja, mas isso é história pra outro conto. Como não tínhamos muita experiência, não inovamos muito nas posições, e ficamos praticamente no papai-e-mamãe. Ou, pra ser politicamente correto, papai-e-papai. Eu cavalgava em seu mastro e parava os movimentos para beijar-lhe a boca. Tornava a cavalgar. Num desses beijos acabei não me contendo e meu pau explodiu um jato de porra que melou completamente nossos corpos. Elias ainda recebeu uma leitada no queixo. Gozei sem tocar no pau. E eu, gentil que era, não podia deixar meu amigo na mão. Comecei a rebolar naquela vara e ele começou a respirar forte, ofegante.

– Rebola gostoso, cara... ah! Que cu maravilhoso, irmão! Rebola pro teu amigo, rebola... Senta, putinho! Hmmm... ohhh... Ta gostoso, ta? Responde, safado...
– Ta gostoso, Elias! Que pica gostosa, cara! Me fode, vai, forte! Forte! Forte, porra! Isso... continua, forte, continua... ah... hum... vai... vai...

Rapidamente Elias jorrou litros de leite dentro de mim. Nossa transa foi muito intensa, e também muito irresponsável, pois nem pensamos na possibilidade de usar camisinha. Era muito constrangedor para um evangélico naquela época ser surpreendido com uma camisinha. Assim que acabamos de transar, fui beijá-lo, e ele esquivou-se. Fiquei puto e perguntei o que tinha acontecido. Elias se trancou no banheiro e começou a chorar. Dali, pediu para que eu devolvesse sua blusa e, vestindo-a, saiu da minha casa, com o cheiro do sexo ainda exalando sobre seu corpo. Nunca mais fomos amigos, infelizmente. Hoje Elias é casado, continua na mesma igreja, mas certamente vive uma vida dupla, porque está preso ainda aos dogmas religiosos. Sua consciência não é livre. Felizmente meu caminho foi outro. Não por desacreditar em Deus ou algo assim. Com o tempo fui me libertando dessas amarras religiosas. Mas mesmo assim, ainda haveria de esbarrar outras vezes com pessoas mal resolvidas em sua relação pessoal com Deus.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Uma ajudinha do cobrador

Quando eu estava terminando a faculdade, eu fazia estágio numa escola em Itaboraí, região metropolitana do Rio. Morava em Niterói e o fazia o estágio no turno da noite, saindo da escola entre nove e meia e dez horas. Na época eu não tinha carro e o jeito era fazer o trajeto de ônibus mesmo e gastar quase uma hora no trânsito.
Nesse dia eu saí às dez da noite e não consegui pegar o ônibus de costume. Esperei o próximo, que demorou bastante. Por sorte veio o ônibus com ar condicionado, pois era verão e estava muito calor. O lotação estava vazio e eu não precisaria fazer o percurso de pé. Paguei a passagem e sentei-me no banco de trás, atrás de onde fica o cobrador. Antes, porém, paguei a passagem, com uma certa dificuldade de passar na roleta. Estava carregando a casa dentro de bolsas, mochilas e sacolas. Foi nesse contexto que o cobrador me deu uma ajudinha para girar a roleta.

– Tem alguém enrolado aí? – ele disse.
– Valeu, parceiro! – repliquei quando o cobrador se predispôs a segurar parte da minha bagagem.
– Quando precisar de uma ajudinha é só chamar. – disse em voz baixa, sorrindo pelo verde dos olhos.

Passei da roleta, mas a ajudinha do cobrador me deixou com a pulga atrás da orelha. Seu sorriso entrecortado e o olhar que penetrava meus olhos me instigavam a pensar que o cara tinha segundas intenções. O sujeito era másculo, viril, deveria ter uns trinta e cinco anos. No máximo trinta e sete. Não era bonito. Tinha a pele branca, meio rústica, cabelos crespos cortados à máquina e em tom castanho claro. Tinha algumas marcas de espinha no rosto e uma barba que lhe espetava a face, notadamente precisando ser aparada. Trajava o uniforme da empresa, calça social preta e a blusa semi-aberta deixava aparecer os pêlos aparados que possuía no peito com certa fartura.
Enquanto o ônibus não pegava a rodovia, percebi que o cara tava disfarçando e me olhando. Virava-se pra trás como se estivesse procurando alguma coisa perdida no chão do ônibus, ou mesmo do lado de fora dele, e ao retornar à sua posição original, dava um jeito de levar os olhos até mim. No começo eu estava evitando, mas depois comecei a encarar. Nossa comunicação era visual apenas, não tinha gestos, sorrisos, palavras, absolutamente nada! Apenas o olhar...
Quando o ônibus pegou a rodovia, o motorista desligou a luz do salão e a escuridão tomou o ônibus. Os poucos passageiros que tinham certamente dormiam ou estavam muito preocupados em relaxar com um fone de ouvido tocando alguma música, ou ainda lendo algum livro com a luz baixa que ainda podia ser ligada acima de cada poltrona. O único que parecia bastante desinteressado em relaxar era o cobrador, que estava inquieto na sua cadeira. Até que ele saiu e foi pro banco de trás, mas do lado oposto ao meu. Foi quando puxou assunto comigo:

– E aí, pega sempre esse ônibus?
– Nada, cara. Geralmente pego antes, mas hoje precisei sair mais tarde.
– Não entendi.
– Senta aqui, cara. Aí você não vai ouvir mesmo. – arrisquei uma indireta, colocando no chão minha bagagem que estava no lugar ao lado no chão.
– Saí dali porque tava frio, o vento do ar condicionado batendo em cima de mim direto... – justificava-se.
– Melhor que o calor lá de fora, não é?
– Não sei, eu gosto de calor. Sou quente por natureza. – disse ele pegando no pau.
– Ah, é?
– É, sim.
– Sua mulher que deve gostar, né? Chegando junto em casa, “comparecendo”... – falei descontraindo.
– O jeito é comparecer, não é, irmão? Dentro de casa e fora também.
– Quer dizer que você comparece fora de casa?
– É... – falou com sua cara de safado – de vez em quando.
– De vez em quando, quando?
– Ah, irmão. Qualquer hora é hora. Pode até ser agora.
– Ah, pode?
– Pode.

Dizendo isso pegou na minha mão e levou até seu pau. A rola do cara pulsava dentro da calça. O cara tava com o pau muito duro. Abri o zíper e puxei seu cacete para fora e comecei a masturbá-lo. Seu dote não era dos maiores, mas era grosso e tinha um cheiro forte de pau. Mas não era ruim. Ele cheirava a homem.

– E aí, irmão? Vai ficar só na punheta? Não ta a fim de dar uma mamada, não?
– Só se for agora...

Caí de boca naquele caralho e chupei com muita intensidade. O balanço do ônibus até ajudava na hora do boquete. Abri o botão da calça e também o cinto, pra facilitar. O cara arriou a roupa até pouco acima do joelho e eu pude continuar o trabalho. Sussurrando, o cobrador ordenava:

– É isso aí, irmão. Chupa gostoso essa piroca.

E eu aproveitava pra lamber também sua virilha e seu saco. Colocava aquelas bolas na boca cheias de pentelho e brincava de lambê-las com bastante saliva. Quando eu estava chupando o pau propriamente dito, fazia questão de ir até a base, colocando o mastro todo na boca, até quase regurgitar. Isso fazia com que sua rola ficasse absolutamente molhada com tanta saliva que era empreendida naquele ato de prazer.
Comecei a tocar uma também e, como estava com o tesão à flor da pele, interrompi o boquete para tentar beijá-lo. Ele esquivou-se. Disse que não beijava homem, que não curtia. Pedi pra que ele me chupasse também, e ele disse que não, ameaçando parar tudo por ali, do jeito que estava. Preferi fazer o jogo dele. Perguntei, então, o que ele curtia, e ele disse que queria ser lambido. Não apenas o pau, mas o corpo. Foi a minha sorte e minha felicidade. Ele abriu a blusa e comecei a lamber seu pescoço. Ele levantava a cabeça e eu metia a língua por entre sua barba. Até hoje lembro da sensação da língua doendo, de tanto ser ralada naqueles pêlos duros do rosto do cobrador. Como eu sabia que beijo na boca era fora de cogitação, eu ousava ir até o queixo. Lambia o queixo dele metendo a língua e saboreando com os lábios o sabor de seu rosto, que suava nesse momento. Desci até o peito e comecei a lambê-lo. Isso com certa dificuldade, também em virtude dos pêlos. Na hora de lamber seus mamilos o cobrador delirou e começou a gemer. Então, após abusar bastante de seu tórax, comecei a lamber a barriga. Não era nenhum sarado. O cara tinha uma barriguinha como a de quem bebe cerveja depois do futebol. Mas não diminuía em nada a excitação daquele momento. O cara era gostoso e ponto. Desci até os pêlos pubianos, que eram grandes, talvez não fosse costume seu apará-los. Particularmente não gosto de pêlos pubianos grandes, mas sentir a pica do cobrador sendo arremessada no meu rosto nessa hora compensava qualquer desconforto.

– Agora chega, continua chupando. Isso, garoto. Chupa gostoso... mama essa rola, mama... isso... ah.... delícia.... ah.... ah... Ta gostando, garoto? – e eu dizia que sim, com a pica dentro da boca já doída de tanto chupar – Então chupa mais, vai. Chupa... chupa...

O boquete já estava perdendo a graça e meu pau começou a amolecer. Ele forçava a barra pra que eu continuasse chupando e o cara simplesmente não gozava. Ficamos assim mais de vinte minutos, só na chupação. Foi quando ele disse que queria gozar. Pensei comigo: “Até que enfim!”, mas para a minha surpresa, ele explicou como ele queria gozar.

– Quero gozar... mas quero comer seu cu antes.
– Como assim? Aqui!? – questionei com espanto.
– Agora, irmão.
– Mas aqui não, cara. O pessoal no ônibus pode...
– Relaxa, parceiro. Ainda tem uns dez minutos de estrada ainda. Aqui no ônibus é tranqüilo, vai por mim. Anda, deixa eu comer esse rabo, deixa.
– Não vou conseguir, cara.
– Relaxa, porra. Daqui a pouco a gente não vai poder continuar.

Pegou uma camisinha que estava em algum lugar de sua calça e a vestiu no pau. Cuspiu na mão e passou em volta da cabeça de seu caralho. Arriei as calças até o pé pra facilitar a abertura das pernas. Eu estava muito tenso, com muita dificuldade de relaxar. Aquela situação do ônibus, sob o risco de ser percebido pelos passageiros, me deixavam com um pavor fora de série. Mas ao mesmo tempo era muito excitante.
O cobrador enfiou um dedo em mim, com o propósito de abrir caminho para sua piroca. Molhava meu cuzinho enquanto me lambia o pescoço. Eu fiquei de costas pra ele, vigiando quem pudesse estar olhando. Como minha bunda estivesse na direção de seu rosto, porque eu ainda não havia sentado, ele começou a me fazer um cunete. Lambia meu cu como macho, sem nojo, sem frescura. Aquela língua dura penetrando meu rabo protagonizou uma das melhores lambidas que já levei no cu. De vez em quando ele também mordia minha bunda, ou mesmo meu ânus. Quando eu sentei naquela vara, senti uma dor incomensurável. Sua pica era muito grossa, embora o comprimento não fosse dos maiores. E como eu ainda estava tenso, só fez aumentar a dor. Mas não tinha jeito. O ônibus sairia da rodovia e aquela era a minha chance. Segurei a dor e sentei firme no caralho do cobrador. Aproveitava o sacolejo do ônibus pra cavalgar naquele mastro de respeito. Sentia aquele homem me lamber o pescoço com tesão, conseguia ainda sentir no pescoço seu rosto molhado do suor e também da saliva advinda do cunete que ele me pagou. Seu rosto estava com cheiro de rabo de moleque. Enfim, como era previsto, não demorou muito pra que o cobrador soltasse seu leite no meu cuzinho, e eu aproveitei a oportunidade pra bater uma e gozar no chão do ônibus. Acabei gozando sobre minha bagagem e tive o maior trabalho em casa pra limpar a porra espalhada pelas bolsas. Ainda estávamos com as calças arriadas quando a luz do salão do ônibus acendeu, e para nossa sorte conseguimos nos vestir a tempo de não sermos percebidos. Não deu tempo de, e também não tinha como, nos limparmos. Ele escorreu a porra da camisinha no chão do ônibus e guardou-a em seu bolso até a primeira oportunidade de lançar fora, já que as janelas do ônibus não abriam. Deixá-la no ônibus poderia comprometê-lo.
Desci no ponto final e, embora não precisasse de fato, o cobrador safado não conseguiu segurar sua gentileza enquanto eu descia do ônibus com a bagagem:

– Quer uma ajudinha aí, irmão?

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O sacolé do Lucas (parte final)


Um dia Alan e eu estávamos brigados e eu resolvi espairecer. Era noite e eu estava resoluto a terminar o namoro. Peguei o carro e parti para o Arpoador. O clima de praia sempre me acalmou, e o mar me alimenta a alma, me leva à reflexão. A noite me inspira, me ajuda, me socorre. A lua cheia daquela noite praiana parecia debochar de mim com seu brilho irônico e sensual. Em cima da Pedra do Arpoador, alguns casais espalhados tentavam no escuro conseguir entre as pedras um vão para transarem. Os guardas fingiam não percebê-los em meio à escuridão. Às vezes passava um grupo de jovens consumindo alguma droga e ainda tinha grupos de pescadores já muito acostumados a todo aquele clima. No meio dessa gente estava eu, sozinho, pensativo. Dois caras se aproximaram de mim, um deles me oferecendo maconha. O outro oferecendo a si próprio. Talvez fosse garoto de programa, mas eu não estava preocupado em descobri. Recusei ambos. Olhando a vista da praia do Arpoador, e mais ao longe, Ipanema, lembrei do meu ex-aluno que meses atrás me oferecia um sacolé na praia. Comecei a reviver os momentos que me levaram a parar no chão de sua sala naquele dia. Lembrei de sua namorada, da carona que dei até a Rua Maranhão, da nossa transa, da mochila que esqueci. Comecei a pensar na loucura que foi ter encontrado aquele menino. Lembrei que trocamos nossos contatos e que lhe dei o número errado do meu celular, tentando evitar uma aproximação futura do garoto. Mas o destino parecia nos unir, pois ele conseguiu entrar em contato comigo logo em seguida através do telefone de uma sobrinha, que estava na mochila. Depois de passado tanto tempo, percebi que quanto mais eu fugia do Lucas, mais perto ele parecia estar. Nessa hora comecei a pensar no meu relacionamento Frankstein com o Alan, que era seu amigo. Amigo-da-onça, diga-se de passagem, já que deixou a amizade de Lucas pra trás devido aos ciúmes que sentia. A lembrança de Lucas se misturava à frustração de namorar o Alan. E isso começou a alterar radicalmente meu estado de espírito.
Quando cheguei em casa, a primeira coisa que fiz foi entrar num site de relacionamentos. Procurei o nome do Lucas e lhe mandei um recado privado, perguntando se minha mochila ainda estava em sua casa. Não obtive resposta. Depois de uma semana, meu celular tocou com o número restrito, e ao atender:


– Claro que sim.
– Quem está falando? – perguntei.
– Sempre.
– Alô! Quem é.
– Pode vir buscar, professor.
– Buscar o quê? Quem é?
– Sua mochila está aqui em casa. Vem buscar no sábado de manhã. – desligou.


Lógico que ao falar da mochila lembrei-me de quem se tratava. O problema é que sábado de manhã eu trabalharia. Pois é, trabalharia mesmo. Inventei uma desculpa e faltei ao meu compromisso, e às dez horas eu estava na Rua Maranhão. Disse pro Alan que ia trabalhar, e ele, muito satisfeito por eu ter declinado da ideia de terminar o namoro, sequer desconfiou do fato de eu não estar propriamente trabalhando. Buzinei três vezes e o Lucas apareceu, lindo, belíssimo como sempre. Estava sem camisa e com uma calça jeans, descalço. Estranhei a calça jeans em plena manhã, mas preferi não questionar. O fato é que aquele homem, de calça jeans e sem camisa, chamava a atenção de qualquer pessoa que passasse naquele portão.


– Pensei que não fosse mais pegar sua mochila, professor!
– Se eu te disse que agora é que estou precisando dela, você acreditaria?
– Hum... quem sabe! – e riu, abrindo a porta pra mim.
– Aceito uma água, se puder...
– Pensei que não viesse mais. Daqui a pouco já é meio-dia, e você perde o sábado todo. – disse ele, indo à cozinha pegar a água. Percebi que a mochila estava sobre o sofá, e parecia lotada.
– Obrigado! – agradeci-lhe pelo copo d’água. – Não lembro de ter deixado a muita coisa na mochila! Caramba, que estranho, ela ta pesada! – falei ao sentir o peso da bolsa.
– Não, não deixou. Suas coisas estão aqui nesta pasta. Aí dentro tem um presentinho pra você, só isso. Espero que não repare.


Quando abri a mochila, já bastante curioso, qual não foi minha surpresa! A bolsa estava repleta de sacolés, e eu não consegui segurar o riso. Perguntei o que era aquilo e ele disse que era pra que eu não me esquecesse dele. Dizendo isso, aproximou-se e começou a me beijar compulsivamente. Estávamos em pé na sala, novamente, depois de quase dois anos, à beira de um ataque de prazer. Suas mãos pesadas desciam sobre minhas costas e eu não deixava barato. Desci minha mão até seu pau e abri o zíper. Coloquei aquele mastro duro pra fora e ajoelhei-me. Chupei-o com toda a minha força, como se fosse o último dos cacetes. Lambia seu saco e babava cada centímetro daquela região. Ele segurava minha cabeça, guiando-a nos movimentos de ir e vir. Caímos no sofá, deitados um de frente pro outro. Enquanto tirávamos a roupa, beijávamo-nos simultaneamente. Ele me lambia os mamilos, que se arrepiavam e endurecia ao calor de sua língua. Eu quis sentir aquela boca molhada mamando meu pau e o guiei pra isto. No sofá, deitado, comecei a receber o boquete do Lucas, e fiz com que ele percebesse que eu estava sentindo muito tesão naquilo que estava acontecendo. Ele começou a me provocar, olhando dentro dos meus olhos enquanto me lambia o saco. Chupava a cabeça do meu pau, me olhava, e chupava de novo. Engolia até o talo. Seus lábios encostavam nos meus pêlos. Coloquei-o ajoelhado e me levantei. Comecei em seguida a bombar aquela boca, socando fundo meu pau. Ele, que parecia estar descobrindo uma novidade, colocava a língua para fora, com ar de riso, enquanto eu batia com a pica sobre ela. Aproveitei que ele estava ajoelhado e mandei que ele se apoiasse no sofá. Assim ele ficaria de quatro. Abri suas pernas e seu cu estava lindo, rosadinho e raspado. Não consegui segurar a tentação e meti a língua lá dentro, sugando aquele rabo gostoso de macho. Mordia as beiradas do seu ânus e ele urrava de prazer. De quando em vez ele apertava o cu na minha língua, tentando prendê-la dentro de si. E isso me dava muito tesão.

– Ta gostando? – perguntei.
– Estou adorando.
– Sabe por que eu to aqui?
– Pra pegar sua mochila.
– Só pra isso?
– Não sei, tem mais algum motivo?
– Tem.
– Qual?
– Você quer saber, seu putinho?
– Quero.
– Eu quero muito comer um cu.
– Ah é?
– Aham.
– Então estamos empatados.
– Não estamos, não. E sabe por que?
– Por que?
– Porque hoje eu vou te comer.
– E eu vou ficar na pista?
– Depois você me come quantas vezes quiser, mas eu to com muito tesão em comer um rabo hoje, e vai ser você, porque eu quero que seja você. E você vai me dar!
– Abusado.
– Totalmente.
– Então vem abusar de mim, vem.
– Com certeza. Abre esse cu pra eu meter a língua e deixar ele ainda mais molhadinho.
– Toma.
– Rabinho safado... vou te arrombar hoje, moleque.
– Vem professor. Hoje sou eu que vou provar teu sacolé.


Sentei no sofá e ele veio por cima, de frente pra mim. Mamou meu pau e me lambeu o corpo todo, de frente. Abriu as pernas e não se preocupou com lubrificante. Empolgou-se com a saliva que lhe brotava da boca e passou cuspe no rabo. Meu pau já estava todo babado que ficou deslizando na camisinha que eu colocava enquanto o moleque umedecia seu rabinho. Não enrolou muito pra que eu enfiasse o pau naquele cuzinho gostoso. Lucas quicava no meu cacete, e fazia muito tempo que eu não sentia um rabo tão gostoso e tão vadio. Aquela boca maravilhosa mordia os lábios pra me provocar. Passava a língua neles, demonstrando satisfação e prazer. Agarrei-lhe pela cintura e comecei a forçar seus movimentos de subir e descer. Enquanto isso beijava sua boca, seu queixo, com muita voracidade. Resolvi também meter nos seus ouvidos. Peguei sua cabeça de lado e dei-lhe uma linguada que começou no ombro, passou pelo pescoço e terminou dentro do ouvido esquerdo. Assim como metia no seu cu, também metia no seu ouvido, dando estocadas nos dois buracos que o levavam à loucura. Lucas se masturbava enquanto eu lhe socava a pica. Ele virou-se de costas, ainda com a vara no rabo, e eu pude dessa maneira tocar uma punheta pro moleque. Ele rebolava a bundinha em cima da minha rola e eu tocava uma pra ele. Que delícia de cu aquele moleque tinha. Falei pra ele que queria comê-lo feito uma cachorrinha, e ele topou na hora. Rapidamente ele ficou de quatro no chão e empinou a bundinha. Eu delirei.


– Isso, safada. Empina o rabo pro teu macho!
– Vem, professor! Vem fuder teu aluninho, vem.
– Vou te arrombar, moleque.
– Delícia!
– Vai me dar sem reclamar?
– Boquinha fechada.
– Boquinha fechada e cuzão aberto!
– Caralho... professor safado!
– Cala a boca, que agora eu to no comando. Vai me obedecer?
– Sim, senhor.
– E se não me obedecer, sabe que vai ficar de castigo, não sabe?
– Sei, sim, senhor.
– Então pode ir relaxando esse cu que eu vou meter gostoso, agora.
– Hum... Sim, senhor.
– Toma, vadia, toma piroca no cu. – falei, começando a bomba-lo com força. – Sente a rola do teu macho te fudendo.
– Sim, sim, senhor. – Dizia ele, limitando-se a concordar com meu comando.
– Geme, safada.
– Ai... ai...
– Quem é a vadia da escola, a piranha safada?
– Eu, senhor.
– Quem é que gosta de dar o cu na porra daquela escola?
– Sou eu.
– Então fala o que você gosta.
– Gosto de dar meu cu.
– Pra quem você mais gosta de dar esse cu?
– Pro meu professor de matemática.
– Ah é, safado arrombado? Então cala a boca que teu professorzinho ta te comendo.
– Ai, come...
– Mandei calar a boca, caralho! Sabe que vai receber um castigo, não sabe?
– Por favor, professor. Não me castigue.
– Você não me obedeceu. Agora vai ter que agüentar o castigo.

 Fui até a bolsa e peguei um dos sacolés que estavam lá dentro.


– Agora você vai sentir o sabor de chocolate dentro do cu pra aprender a ser homem.
– Por favor, não, professor. É muito grosso.
– Se reclamar, vão ser dois. Ao mesmo tempo.


Lucas calou-se e eu comecei a enfiar aquele sacolé grosso no seu rabo. O gelo deixava seu ânus meio travado, mas lhe ajudava a suportar a dor. Ele, caladinho, recebia o consolo de chocolate enquanto eu tocava uma punheta. Que delícia de visão! Ver o Lucas naquela posição, de quatro, com um sacolé enfiado no rabo, não tinha preço. Socava o sacolé até a metade e ele agüentou tudo calado, sem um pio, temendo ter que fazer uma dupla penetração. Depois de um tempo, abri o sacolé e o enfiei assim mesmo em seu cu, deixando-o totalmente melado. Meti a língua no chocolate, lambendo seu cuzinho geladinho... Já não agüentava mais tanto prazer. Disse pra ele que penetrá-lo pra gozarmos. Soquei tão forte naquele cu que ele mandava parar! Quando vi que o coitado já não estava mais agüentando, gozei dentro de seu rabinho achocolatado. Caímos no chão de tão cansados. Não tive forças nem pra tirar a camisinha do pau. A porra escorria pelo chão e a gente adormecia na sala, como se o mundo não existisse.
Fui pra casa e contei para o Alan tudo o que tinha acontecido. Ele ficou desesperado e começou a chorar, mas eu me mantive firme. Já não tinha mais condição de mantermos nosso namoro como estava. Eu tinha minhas necessidades e ele tinha que entender. Perguntei a ele o que ele queria fazer, e ele disse que não queria terminar. Então impus minha condição pra que continuássemos: teríamos que abrir o relacionamento. Ele acabou aceitando, mas pediu que a “abertura” fosse apenas com o Lucas. Eu já estava satisfeito e aceitei. Desse dia em diante passamos a praticamente viver uma relação a três. O Alan continuou a me comer durante a semana. Quando chegava o fim de semana eu encontrava o Lucas, e a gente transava e eu comia aquele rabo delicioso. Tudo bem, admito, às vezes ele me comia. E daí? Transamos os três juntos algumas vezes, e uma vez surpreendi o Alan comendo o Lucas. O fato é que esta história marcou a minha vida e hoje estou dividindo-a com vocês. Por enquanto estamos satisfeitos e vivemos tranqüilos com confiança e muito sexo.

Se você quiser ter também umas aulinhas de matemática, escreva-me: petercummer@hotmail.com. Este é também o meu MSN. Quem sabe, um dia, não provemos o sacolé um do outro. Escreva-me também para dizer o que achou desta história e para sugerir novos temas para outros contos. Aguardo o seu contato. Um beijo, com muito tesão, no seu sacolé.