Quando conheci o Lucas ele era meu aluno. Era franzino, meio
afeminado, e tinha uma certa fixação em mim. Após sofrer algumas
provocações na escola, o rapazinho saiu da instituição. Imagino que este
tenha sido o motivo. Anos mais tarde o reencontrei na praia de Ipanema,
acompanhado de sua namoradinha, Luana, que ainda era minha aluna.
Fiquei surpreso ao revê-lo, pois estava bastante diferente. Seu corpo,
delineado, robusto, viril, deixara pra trás a aparência lânguida e
frágil dos anos anteriores. Manteve, entretanto, seu senso de humor, seu
ar de ironia, um certo deboche provocante que me levou a ceder ao
convite de entrar em sua casa, após uma carona, e trepar com o belo – e
apetitoso – rapaz. Transamos naquele dia, sob o pretexto de conferir o
sabor de seu “sacolé”, que me fora oferecido na praia, mas degustado em
sua casa, no Méier. Aquele instante foi pra mim extremamente excitante,
mas muito confuso. Saí da casa do Lucas e pensei em ir pra casa.
Declinei. Decidi passar no Méier, pois precisava comprar uns artigos de
informática e uns quitutes para a geladeira.
A casa do Lucas era
mais pro Engenho de Dentro que pro Méier, embora ele dissesse morar
neste bairro, talvez por causa de seu prestígio suburbano. Como eu
estava de carro, ali da Rua Maranhão ao centro do Méier não me custou
cinco minutos. Fui à loja de informática, fiz o que tinha de fazer, e
entrei no mercado. Quando estava no estande de frios, lembrei do Lucas e
de seu “sacolé”. Ri pra mim mesmo, dei de ombros e continuei as
compras. O celular tocou.
– Alô!
– Alô, quem é? – respondi.
–
Já esqueceu a minha voz? Será que esqueceu meu gosto também? –
respondeu Lucas, do outro lado. Como ele conseguira meu telefone?
– Rapaz, como você sabe meu número?
– Você esqueceu sua mochila.
– Puta-que-o-pariu!
–
Desculpa ter aberto sua bolsa, mas é que era o único jeito de ter algum
contato seu. Dei sorte de achar um número aqui, liguei pra ele e disse
pra moça que tinha achado sua mochila no ônibus.
A moça à
qual Lucas fazia referência era Estela, uma sobrinha que não via há
tempos. Foi ela quem lhe deu o número de meu celular. Não sei se pra
minha felicidade ou minha perdição. O fato é que aquela não foi a única
vez que o Lucas me ligaria.
Marcamos na semana seguinte para eu
buscar a mochila. Eu confesso que estava um tanto nervoso, quiçá meio
desconfiado do jeito descolado e audacioso do meu anjo rebelde. Preferi a
precaução. Antes de chegar à Rua Maranhão, liguei pro Lucas e pedi pra
que ele me esperasse na porta de casa. Era uma quarta-feira, e sua mãe –
que trabalhava fora aos fins de semana – poderia suspeitar da minha
presença ali. Lucas concordou em levar a mochila até o carro. Quando
cheguei no portão, ele não estava. Fiquei puto, liguei de novo. O
celular tocou e ninguém atendeu. Saí e toquei a campainha, esperando ser
recebido com surpresa pela dona da casa. Mas foi Lucas quem atendeu a
porta.
– E aí, professor? Foi mal, eu estava no telefone e no celular tocou ao mesmo tempo e...
– E a mochila?
– Entra aí, pô.
– Mas sua mãe...
– Relaxa, ela ligou pra dizer que vai demorar mais um pouco. Foi ao banco e parece que a fila ta grande.
Não resisti, novamente. Entrei.
– E por que não atendeu o celular? - questionei, desconfiado.
– É que um amigo meu ligou pra mim, e o senhor ficou na chamada em espera.
– Ah, conta outra. Você estava é a fim de me deixar puto.
–
Tô falando sério, parceiro. É o Alan, meu brother. Ele vem aqui agora
me trazer um convite pra uma balada sexta à noite. Ta a fim de ir,
professor?
– Sexta eu trabalho, cara. Nem dá. E sábado dou aula particular, de manhã.
– Pô, eu tava a fim de ter umas aulas particulares com o senhor. Iguais aquela da semana passada. - disse Lucas, sorrindo.
– Cara, aquilo foi uma viagem, esquece isso.
– Ah, vai dizer que o senhor não gostou do meu sacolé?
– Não, não é isso. Foi bom, cara, mas...
A
campainha tocou. Era o Alan, o amigo do Lucas. De fato o rapaz viera
lhe trazer o convite da tal festa. Alan parecia ser mais novo que Lucas.
Era loiro, olhos cor de mel. Tinha os cabelos lisos, arrepiados. No seu
rosto, suas sobrancelhas grossas e pretas marcavam sua expressão, e sua
boca desenhada era uma permanente tentação para gregos e troianos. Era
magro, de altura média, tinha uma boa e atraente silhueta, embora as
roupas que vestia não contribuíssem muito para apreciar os contornos de
seu corpo. Era meio fanho, mas seu timbre não chegava a ser irritante.
Antes, conferia-lhe um charme a mais à sua beleza exótica.
–
Alan, esse aqui é o meu professor. O melhor professor de matemática do
Brasil. Professor, não te disse? Esse é o Alan, meu brother.
– Prazer, Alan. Mas eu já to de saída, não me leve a mal.
– Só porque eu cheguei? Sacanagem, parceiro. – Interveio o garoto.
– Fica mais um pouco, professor, por favor. O senhor quer outro sacolé, quer?
A
pergunta não entrou nos meus ouvidos; ela rasgou os meus tímpanos,
penetrando fundo na minha consciência e me deixando entre o temor, a
confusão e a excitação.
– Não entendi. – respondi.
– Entendeu, sim... o senhor quer ou não quer? – perguntou Lucas.
– O senhor gosta de sacolé, professor? – interveio o outro. – E de que sabor o senhor prefere, coco ou chocolate?
A
atitude do Alan me deixou ainda mais confuso, o que não impediu meu pau
de endurecer na hora. Eu não estava acreditando! Estariam ambos me
provocando?
– Você também quer um sacolé, Alan? – insistiu o Lucas.
– Com certeza, até dois. – respondeu o amigo.
Nesse
instante, ali na sala, os dois começaram a se beijar. Eu, excitado, não
sabia bem o que fazer. Fiquei muito surpreso com o que estava
acontecendo. Os dois tiraram a blusa e lambiam-se, rindo, de quando em
vez, um para o outro, quando não olhavam oportunamente para mim.
– Você ainda não me respondeu. – disse Alan – coco ou chocolate?
–
Pra falar a verdade eu sou vidrado em chocolate e tenho um puta tesão
em coco. – respondi, já ciente de que minha fala significava ter cedido
ao convite duplo dos rapazes. Tentei consertar, num leve arrependimento,
mas fui vencido pela ocasião.
– Até gosto de coco, mas este sabor
me parece ser novo demais para ser degustado. – argumentei, tentando me
livrar da tentação loira.
– O sacolé de coco tem dezoito anos, fica tranqüilo... e a mesma medida em centímetros. Vai recusar?
Como
recusar uma proposta dessas? Juro que tentei, mas fui vencido pelo
tesão. Tirei na hora o pau dos dois e comecei primeiro a provar o novo
sabor de coco e, em seguida, degustar o já conhecido chocolate. Os dois
revezavam-se ao penetrar minha boca. Eu, ajoelhado, chupava a cabeça de
um e alternava, lambendo o saco do outro. Em seguida, não media esforços
em lamber a virilha do primeiro, e assim continuávamos completamente
despreocupados com o mundo lá fora.
– Chupa seu puto. Chupa esse caralho gostoso, chupa.
–
Que professorzinho é esse, brother! Que boquinha de veludo... hum... –
dizia Alan, enquanto me dava tapinhas na cara.
O garoto, apesar de novo,
era extremamente safado. Gemia e falava muita putaria, olhando nos meus
olhos. Falava fazendo um biquinho com a boca, com sua voz fanha,
adolescente. Suas mãos, estendidas por sobre a cabeça, compunham uma
cena de dominação. Ele, o macho dominante, reinava soberano no sofá. Eu,
servo, chupava como se chupar fosse minha mera obrigação. O Lucas
preferia segurar na minha cabeça, fazendo-me engolir seu cacete. Era até
meio desajeitado, porque algumas vezes eu fazia que vomitaria. Ele
aliviava, e então em seguida forçava novamente:
– Não pára não, sua puta. Mama gostoso essa rola, porra! – dizia com tesão o garoto do sabor chocolate.
– Agora você vai provar o sabor “Prestígio”. – improvisou Alan, propondo-me degustar ao mesmo tempo “coco” e “chocolate”.
Os
dois ficaram em pé. Precisei de um pouco de calma pra fazer as duas
picas entrarem na boca. Mas elas entraram. Não completamente, mas posso
dizer que consegui mantê-las, com certa margem de conforto, à altura das
cabeças. O fato em si – a dupla penetração oral – era mais tentador do
que a profundidade que a penetração adquiria. Aquele momento os garotos
pareciam querer abusar do cara mais velho. Queriam relaxar, queriam
aproveitar, brincar, gozar e pronto. Faziam parte de uma juventude muito
despreocupada com modelos pré-moldados de sexualidade.
– Toma pirocada na cara, professor. Ta gostando?
– Estou adorando, seu moleque safado!
Lucas
e Alan me batiam com seus pênis na cara. Os dois babavam pelo pau. O
líquido de ambas as picas desenhavam teias entre meu rosto e seus
corpos. Aquela brincadeira estava muito intensa, muito molhada, muito
quente. A esta altura estavam os dois pelados, completamente nus. O
único a vestir alguma coisa era eu, um short, de onde eu tirava meu pau
para me masturbar enquanto eu era sabatinado com dose dupla de pica.
Quando eu resolvi tirar o short pra facilitar a punheta, o Alan viu
minha bunda e enlouqueceu. Minha bunda lisa contrastava com meu corpo,
que tinha muitos pêlos, embora aparados à máquina. Modéstia à parte,
minha bunda sempre foi muito gostosa. E o Alan não conseguiu resistir ao
desejo de querer comê-la.
– Quero te fuder, professor. Dá esse rabo pra mim. Vou meter gostoso nesse cu, porra!
Em
pé, empinei o rabo e o Alan iniciou um delicioso cunete. Lucas
aproveitou a ocasião pra me chupar enquanto seu amigo me degustava por
trás. Eu era o recheio do sanduíche. Lucas chupava gostoso, como macho.
Lambia as bolas, melava-me a virilha, o umbigo. Ele não provava apenas
meu pau. Ele me engolia por inteiro. Em segundos já estava na minha
boca, beijando-me bem molhado com seus lábios aquecidos, voluptuosos,
irresistíveis. Alan permanecia mesmo fixado na tentação de me comer. Foi
até um canto da sala e pegou na sua bolsa uma camisinha. Meteu-lhe no
pau e cuspiu na mão. Passou na camisinha que já embalava seu
instrumento. Cuspiu novamente e molhou meu ânus por fora. Como não
pudesse perder a oportunidade, aproveitou e enfiou bruscamente um de
seus dedos, brincando devassamente com o calor interno do meu corpo.
Tirou o dedo e preparou-se para me enfiar o pau, quando a campainha
tocou.
– Puta-que-o-pariu, minha mãe! – bradou Lucas!
– Filho da puta! – pensei comigo – e agora, cara?
– Vão pro quarto vocês dois que eu vou atender a porta. – disse, vestindo-se a esmo.
Entramos
no quarto e, desesperados, escondemo-nos embaixo da cama. O desespero
que a campainha causou impediu Lucas de pensar racionalmente,
desorientando-o completamente quanto à atitude a tomar. Pensasse com
mais calma, saberia que sua mãe jamais tocaria a campainha, pois possuía
a chave de casa. Além do mais, não era ela quem disse que ficaria até
mais tarde na rua? De qualquer forma, o toque da campainha dissipou
qualquer lógica da cabeça do Lucas, e somente sua mãe lhe viera à cabeça
ao sonzinho que ressoava da porta. Mas não era ela, afinal, quem tocava
a campainha.
– Luana? – indagou Lucas, ao abrir a porta.
– Que isso Lucas, que desespero! Parece que viu um fantasma.
Era sua namorada. Mas o que ela fazia ali, naquela hora?
– Você não tinha que estar na escola?
–
A professora nova de ciências faltou, e o Lúcio, aquele chato, de
português, graças a Deus passou mal. Aí eu saí cedo e resolvi vir pra
cá, já que a gente faz aniversário de namoro hoje. Feliz nove meses,
amor.
A vontade do Lucas certamente era responder: “Nove
meses é o caralho!”, mas conteve-se em repetir a mesma frase de sua
namorada, selando-a com um beijo deveras cínico.
Luana estava
decidida a fazer uma surpresa para Lucas. Iria convidá-lo para ir ao
cinema logo à noite e estender o programa num motelzinho da Zona Norte.
Comentou a proposta com seu namorado, mas ele declinou. Como não haveria
motivos que explicassem sua desistência, e para que a namorada não
ficasse com a pulga atrás da orelha, o guri resolveu ousar, apostando no
programa a dois naquela hora mesmo, já que sua mãe não estava em casa. A
garota, que já estava no quarto, aceitou a proposta e mordeu a isca.
Embaixo da cama, Alan e eu permanecíamos imóveis, sem saber o que estava
acontecendo. Surpreendemo-nos com a entrada da Luana no quarto, e a
essa hora o coração batia a mil por hora. Luana era minha aluna e
inimiga mortal do Alan. Mas naquele momento e naquela situação nada
poderíamos fazer. Ou poderíamos?
Luana e Lucas começaram a se
beijar em cima da cama. Ela, bastante fogosa, dizia-lhe coisas bastante
excitantes. O som de sua voz era obtuso. Parecia que ela falava com a
língua dentro da orelha do Lucas. Ele, no auge de sua safadeza,
retribuía-lhe a putaria, dizendo em voz alta tudo o que ele faria com
ela na cama naquele momento.
– Sua vadia safada, minha cachorrinha... fala pra mim o que você quer, fala.
– Quero te chupar todinho...
– Você vai meter a boca no meu caralho, é?
– Você quer?
– Quero sim, meu amorzinho. Minha safadinha gostosa.
– E você, o que quer fazer?
– Eu quero meter o dedo na tua bocetinha quente.
– Então mete vai... enfia esse dedo em mim... hum, isso... ai, delícia! Que gostoso...
– Toma dedada na boceta, sua puta.
– Mete gostoso, amor.
– Chupa esse pica enquanto eu te meto o dedo.
– Ai, que delícia, Lucas! Me chupa também vai.
– Hum... que grelo gostoso, safada... que boceta quentinha...
A
narrativa do Lucas parecia bastante proposital. A Luana não fazia a
menor ideia do que estava acontecendo no quarto, mas ele, sim, sabia
muito bem da situação. Ele sabia que embaixo da cama estávamos Alan e
eu. Sabia também que estava sendo ouvido. Sua voz narrando a foda
começou a nos excitar. O medo sucumbiu ao desejo e o Alan começou a
roçar atrás de mim. A diferença é que não poderíamos dar um pio sequer.
Mas seu gesto era plenamente inteligível. Seu pau ainda estava vestido
com a camisinha que ele se esquecera de tirar no auge do desespero.
Apesar de ter amolecido, com as mãos ele a acomodou novamente no pau
conforme este se endurecesse. Não havia tempo nem condição para colocar
uma nova camisinha. Enquanto Lucas transava com sua namorada em cima da
cama, Alan começava a me penetrar embaixo dela. Eu estava de lado,
imóvel, e ele, atrás de mim, melava-me o rabo com os dedos. Abria
levemente minhas pernas, afastava uma nádega da outra e enfiava devagar o
cacete. Segurava na minha cintura e puxava contra seu corpo. Quando
suas mãos se desocupavam, ele logo tratava de me abraçar, apertando meu
peito ou pegando na minha cabeça, puxando-a para si, para trás. Era
quando ele enfiava a língua no meu ouvido me dizendo putaria aos
sussurros. Era também quando ele me lambia o pescoço ou mordia minha
nuca.
Lucas penetrava Luana e já estava prestes a gozar. Seus
movimentos aumentaram e nós aproveitamos a situação para relaxar um
pouco com a preocupação e decidimos também investir nos movimentos mais
bruscos. Luana gemia feito uma bezerra, e isso era bom, porque abafava
os ruídos da foda secreta embaixo da cama. Luana disse que iria gozar e
Lucas, que estava sem camisinha, retirou o pau e mandou que a namorada
abrisse a boca para tomar leitinho quente.
– Toma porra na cara, safada! Bebe meu leite, sua vaca... – dizia, enquanto sua namorada se masturbava...
– Ah, ahn... me dá leite, eu vou gozar... – exclamava com tesão a garota.
Naquele
momento decidimos também que era a nossa hora. Gozamos os quatro
juntos. Eles, em êxtase, escandalosamente. Nós, embaixo, trepávamos em
surdina. Luana decidiu tomar um banho e Lucas não tardou em nos
facilitar a saída da casa. Dei carona ao Alan, mas não tivemos muito
assunto no carro. Quando finalmente cheguei em casa, me dei conta de que
houvera esquecido novamente a mochila na casa do Lucas, e que a viagem
até a Rua Maranhão tinha sido em vão. Em vão? Nem tanto... O fato é que
eu precisava da mochila de qualquer jeito, e, para meu deleite, faria de
tudo para recuperá-la novamente.
<continua>
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PC